domingo, 24 de abril de 2016



Cais palafítico em dia de Páscoa


Cais palafítico
 A Costa da Galé a quem poderíamos chamar, com mais justiça, Costa de Ouro pela riqueza paisagística da sua arriba fóssil de tons ocre dourado pelo sol, beijada pelo mar de um azul intenso em períodos de acalmia, foi o cenário de um almoço pascal em dia de Páscoa solarengo. A areia da praia despida de corpos ávidos de bronze era um convite, não fosse um ventinho bem fresco a pedir para não tirar o casaco mas, mesmo assim, valeu o sol para tirar um pouco o mofo do Inverno de cima dos ossos. A passeata pelas bandas de lá do Sado teve como finalidade  a degustação de um saborosíssimo peixe atlântico, pescado à linha pelos pescadores do Carvalhal como nos foi garantido e quero acreditar que sim, uma vez que tinha um sabor muito fresco. De estômago feliz,  explorando a região em torno dos lamaçais do rio Sado, fomos encontrar o curioso porto palafitico existente desde os anos 50 do século passado, na Carrasqueira (Comporta).
Cais palafítico
Segundo consta, não se conhece nenhum na Europa. Não me admiro! O porto foi a única hipótese que os pescadores encontraram, no seu desenrasca de sobrevivência, para levar a cabo o  arrasto das redes e atracação  dos barcos que as lamas das margens do Sado impedem, em dias de águas mais baixas. Construído em madeira, este cais ramificado por entre o sapal, apresenta-se um pouco degradado e a área envolvente um pouco suja, no entanto pode dar excelentes fotografias ao cair do sol.

Manuela Santos